Amar
- vsmsaude
- 30 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
O sentido da vida esta diretamente relacionado com o amor e não o poder.
O poder leva o individuo ao dilaceramento e divorcio consigo, todavia o amor tem o poder de nos restaurar e nos conectar com o nosso coração (sede do pensamento, emoções e nosso caráter) que se conectam com nosso mundo afetivo.
O ser humano é composto por afetos que se interagem entre si e com os afetos de outros.
O amor também opera com todos os afetos. Embora continuamos a expressar ódio/ ciúmes e outros. O amor articula os afetos em equilíbrio e impede a inflamação afetiva/ adoecimento que cria condições para explodir ou implodir.
A explosão amplia o poder sobre as outras pessoas e a implosão cursa com depressão, melancolia sofrimento que nos deixa desconecto com o mundo e nos conecta de maneira sofrida com nos mesmos.
O Amor quando se instala nos coloca em estado de equilíbrio, nos mantém em consciência afetiva e impede implosões e explosões.
A tarefa do amor é produzir esse estado de bem-estar consigo diante do mundo/ equilíbrio e para caminharmos para o amor devemos compor com os afetos.
A ausência de amor se relaciona a deficiência de nutrientes afetivos de maneira interna e externa. O amor é o afeto que recompõe e alimenta os outros afetos. Quando amamos conseguimos graduar a intensidade dos afetos. Não significa recusar a raiva, indignação e/ou os outros, mas usar os afetos em equilíbrio para nos levar a nossa zona de conforto afetiva, lugar indispensável para não entrarmos em colapso.
Quando nos amamos, recebemos estímulo para investigar os afetos e reconhecer seus vestígios e os manter íntegros. Todos os afetos são fundamentais e dentro desse conceito guarda-chuva cabe nossos sentimentos, linguagem, o que nos mobiliza, modos.
A receita para a manutenção do equilíbrio se encontra no amor, que está de modo incorporado.
Por isso nunca desconfie dos seus sentimentos. A confiança é uma das condições de possibilidade para que nossa vivência amorosa seja efetiva e permita equilíbrio. Para isso não podemos desconfiar de nós mesmos e nem entrar em um campo do perfeccionismo e/ou arrogância ou seu inverso, pois essa auto batalha causa tensão, dificuldade de relaxar e desequilíbrio.
O conflito está relacionado a desconfiança e o equilíbrio a confiança nos nossos sentimentos e para isso devemos alcançar a consciência dos nossos próprios afetos.
A suplementação para alcançar o equilíbrio é individual e contextual. Isso ocorre pela articulação do amor na compreensão do afeto em seu momento, em sua consciência e sua coexistência.
Para experimentar o amor na sua radicalidade não se esconda dos seus afetos. Precisamos assumir todos os nossos sentidos, termos uma consciência nítida dos caminhos que percorremos para configurar a potência do amor e dar sentido a vida.
A experiência de amar pode colocar mais e algum sentido na vida e não é possível encontroar o sentido da vida sem amor. Amor esse, não fantasiado, não romantizado, nem sobrenatural, mas encarnado e incorporado em cada passo e momento, que confiamos nos nossos sentimentos e nos alimentamos pelos afetos necessários par compor o amor da nossa vida.
Não ter medo de amar é não desconfiar dos nossos sentimentos.

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